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Uma Doce Tradição Portuguesa

A tigelada Beira-Baixa representa um dos mais preciosos tesouros da doçaria tradicional portuguesa. Este doce conventual, que ganhou fama além-fronteiras da região, conta uma história rica que se confunde com a própria identidade cultural da Beira-Baixa.

História e Origem

A receita original desta iguaria é atribuída ao Convento de Nossa Senhora da Graça de Abrantes, onde freiras dominicanas desenvolveram esta deliciosa sobremesa. No arquivo histórico do concelho encontramos referências a uma antiga versão conhecida por “Tigeladas de Dona Maria de Vilhena”, demonstrando as suas profundas raízes na região.

É o doce mais típico de Proença-a-Nova, e a sua importância transcende a vertente gastronómica, sendo um símbolo da identidade cultural da Beira-Baixa.

Receita Tradicional

• 1 litro de leite
• 7 ovos
• 500g de açúcar escuro
• 1 colher de sopa de mel
• Raspa de casca de limão
• Azeite para untar
• Pitada de sal

O segredo da preparação não está só nos ingredientes, mas também no método tradicional. O doce deve ser assado em taças de barro previamente untadas com azeite, num forno aquecido a 200°C.
A utilização de um recipiente de barro não vidrado é essencial para obter a textura característica deste doce.

Tradição e significado cultural

A Tigelada representa mais do que uma simples sobremesa – é um elemento vital do património gastronómico da região. Este doce conventual português nasceu da criatividade das freiras, que aproveitaram os ingredientes disponíveis nos conventos para criar verdadeiras obras de arte culinárias.

Even today, tijelada maintains its prominent place in regional sweets, being a mandatory presence at traditional festivals and family gatherings. In Proença-a-Nova, it is considered one of the most important references of traditional Portuguese sweets, preserving not only the flavor, but also the memories and traditions of the region.

Ritual Tradicional

A preparação da tigelada continua a ser um ritual que passa de geração em geração, mantendo viva uma tradição secular que reflecte o rico património gastronómico da Beira-Baixa. Cada família guarda os seus pequenos segredos na hora de o preparar, mas o respeito pela receita tradicional continua a ser a base fundamental deste doce tão especial.

Paulo Laia

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