Os moinhos de água da Beira Baixa, em Portugal, são uma expressão genuína da cultura regional e refletem o modo de vida tradicional das suas gentes. Estes moinhos, conhecidos como moinhos de rodízio, eram construídos utilizando materiais locais como pedras (xisto, metagrauvaques e quartzitos) e argila.
O funcionamento destes moinhos baseava-se na força da água, que ao bater nas palas do rodízio, fazia-o movimentar em círculos. No interior, este movimento era transmitido às mós, que trituravam os cereais colocados na moega, transformando-os em farinha.
Características dos moinhos de água da Beira Baixa:
Construção: Utilizavam materiais locais como pedra e argila.
Mecanismo: Funcionavam através de um sistema de rodízio movido pela força da água.
Função: Moagem de cereais para produção de farinha.
Importância cultural: Eram essenciais para a economia rural e a sobrevivência das populações locais.
Estes moinhos não eram apenas estruturas funcionais, mas também faziam parte integrante da vida social da região. Nas tardes de domingo, os jovens se reuniam nos largos das povoações e entoavam a "canção do moinho", refletindo a importância destes engenhos na cultura local.
Actualmente, muitos destes moinhos encontram-se em ruínas, mas ainda assim oferecem uma experiência encantadora aos visitantes, combinando paisagens deslumbrantes, património cultural e uma profunda ligação com a natureza. Eles representam uma parte importante da herança cultural da Beira Baixa e de Portugal em geral, testemunhando o modo de vida das comunidades pré-industriais.
A Associação de Agricultores Eternum Ebrietas fará a moagem do milho dos seus associados, no corrente ano de 2025, no moinho de água sito na Aldeia da Cerejeira. As levadas de água foram limpas e recuperadas, e o moinho encontra-se funcional.
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